sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Será que não existe mais comprometimento do jogador com o clube?

Assim que a partida contra o Sport terminou o goleiro Marcos deu uma entrevista em tom de desabafo. Marcos criticou indiretamente (ou diretamente, aí vai da interpretação) seus companheiros de equipe. O arqueiro palmeirense disse que os jogadores de hoje em dia só pensam em comprar celulares modernos e em "pegar" as meninas. Marcos ainda disse mais, disse que para eles (jogadores) se não der certo no Palmeiras vão para outro clube e se não der certo no outro clube, vão para outro.

Isso me fez pensar o seguinte, cadê o comprometimento dos jogadores com o clube em que atua? Hoje em dia digo com todas as letras que só há dois jogadores que se dedicaram e ainda se dedicam de corpo e alma aos seus clubes: Marcos e Rogério Ceni. Esses dois goleiros recusaram propostas milionárias com o decorrer da carreira, já os demais jogadores do futebol brasileiro nem pensam duas vezes e vão embora. Hoje em dia jogadores das categorias de base já visam a Europa mesmo sem ter passado pelo time profissional.

O Adriano é um outro caso de amor a camisa, mas não com a mesma intensidade de Marcos e Rogério Ceni. O "Imperador" é flamenguista, mas na época em que recebeu propostas, o dinheiro e a vida confortável falaram mais alto que a satisfação. Também tem aqueles casos de amor a camisa que nascem com o tempo em que se defende o clube, esse é o caso de Del Piero. O italiano não foi revelado pela Juventus, mas com tempo em que foi defendendo a "Velha Senhora" passou a gostar do clube e não deseja sair de lá de jeito nenhum.

Infelizmente, os novos jogadores não se comprometem mais com o clube em que defendem, talvez pelo fato do dinheiro subir a cabeça. Pode-se considerar também que pelo Brasil não poder cobrir o dinheiro que os europeus oferecem, os jogadores vão embora sem pensar duas vezes.

Cadê o comprometimento com a camisa? Será que o dinheiro fala mais alto que a satisfação profissional?

8 comentários:

  1. Cara na minha opinião não podemos generalizar, porque temos muitos jogadores que demostram garra vestindo a camisa de qualquer time, claro que tem muitos que só pensam na grana, e uma grande parte tambem joga pra valorizar o que ganham. Com relação a jovens que vão muito cedo por causa de grandes contratos tem muitos empresários por tras botando onda na cabeça dos caras, mas muitos só pensam na grana mesmo. abraço.

    Saudações do Gremista Fanático

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  2. O Gremista Fanático falou muito bem. Existem sim, jogadores que defendem um clube por amor à camisa, e demonstram paixão em defender as cores de um time [como Marcos, Rogério Ceni, Del Piero, Riquelme (que não quer vir pro Corinthians pra encerrar a carreira no Boca), e etc...].
    Mas, infelizmente, o comprometimento dos jogadores com os times que defendem é quase zero. Hoje eles jogam por um time: o Dinheiro & luxo Futebol Clube.
    Não vemos alguns casos de jogadores que, quando saem de algum clube 'pequeno' para um grande, chegam dizendo "meu grande objetivo é jogar na Europa..."? Pois então...

    É algo de se lamentar...

    Abração Claudio! ;)

    http://deprimafc.blogspot.com/

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  3. amor a camisa é raro, principalmente aqui no Brasil, mas o Marcos muitas vezes extrapola desta condição de líder do grupo, para dar seus pitacos...quando ele reclama sobre o que se passa dentro das quatro linhas é até aceitável, agora querer se meter na vida particular de cada um, é um desrespeito com seus colegas...

    abraço!!

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  4. Tqlvez, hoje em dia, exceções de rogério,marcos e adriano, o vasco seja o time no qual os jogadores vistam mais a camisa e ponham os sentimentos a prova1 belo post, abs, leandro

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  5. Claudio belo tema que você explorou,parabéns!

    É claro que hoje em dia tem muito mais jogador que não se preocupa com o clube do que os jogadores que vestem a camisa literalmente,Rogério e Marcos são casos a partes,mas temos muito que se indentificam com o clube em que joga,mesmo não jogando por um longo tempo nesse clube,Lugano,Valdivia são alguns deles que mesmo longe hoje mostra um grande amor pelos clubes no qual atuaram.

    Abs!!!

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  6. Fala, cara! Ótimo post.

    Cito alguns exemplos internacionais, como Maldini, Gerrard, Totti, Giggs, Gary Neville, Scholes, Zanetti.

    Acho que o jogador sair do clube não significa em todos os casos falta de comprometimento, vide o Riquelme, que ama o Boca e já jogou no Barcelona e no Villarreal. Vale lembrar que jogador tem família, filhos, e financeiramente não dá pra competir com a Europa, sejam os grandes centros, seja o Leste Europeu.

    Agora, revolta ver jogador de 15, 16 anos dizer que sonha em ir pra Europa. Porra, sonha em jogar 3, 4 anos no clube que o revela, sonha em deixar saudades na torcida quando partir, em virar um ídolo... Infelizmente, vem surgindo uma geração gigantesca de jogadores que só veem no futebol um jeito rápido de conseguir grana.


    Abraços!

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  7. Emocionante o depoimento de marcos e um verdadeiro chute nas fuças da galera.

    Os jogadores de hoje são um bando de desonrados que nao sabem o que é ser mais um jogador de torcedor

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  8. Infelizmente esse comprometimento é raro no futebol brasileiro e porque não mundial. Hoje em dia só pensam em luxo, festanças caríssimas, carros maravilhosos, viagens para lugares bacanas e esquecem que tem um clube, que tem milhões de torcedores por traz dele e esperam bos atuações.

    A satisfação profissonal deles é grana no bolso, sombra e água fresca.
    ABS.
    André do Blog Esporte Total
    http://esportetotalbh.blogspot.com/

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